sábado, 19 de abril de 2014

Dulce Pontes

A menina bonita de Montijo


A menina bonita de Montijo. Simples e afável. A vedeta sem vedetismos de quem Montijo muito  se orgulha. Os acordes da sua voz não cabiam nas estreitas fronteiras do País, por isso ecoaram pelo Mundo.  (Foto retirada com a devida vénia da página de Dulce Pontes).

Dulce José Silva Pontes (Dulce Pontes) – Montijo, 8.04.1969. Cantora, fadista, compositora, poetisa e produtora. Filha de Tomás Maneta Pontes e de Maria de Lurdes Gouveia da Silva Pontes. Estudos primários e secundários em Montijo, tendo interrompido os estudos no 11.º ano para seguir a carreira artística. No Montijo, estudou também música durante sete anos com a Professora Lígia Serra e dança contemporânea, desde os nove anos, com a Professora Ana Bela Gameiro. Iniciou a sua participação musical aos 16 anos. Em 1988, fez um casting e foi seleccionada entre várias candidatas. Iniciou então a sua actividade profissional na comédia musical "Enfim sós", prosseguindo com "Quem tramou o Comendador", no Teatro Maria Matos, como actriz, cantora e bailarina. Em 1990, foi convidada a integrar o espectáculo "Licença para Jogar" no Casino Estoril. O programa de televisão "Regresso ao Passado", da autoria de Júlio Isidro, tornou-a popular junto do público português. Em 1991, venceu o Festival da Canção da RTP com a composição “Lusitana Paixão” (Letra de Fred Micaelo; Música de Jorge Quintela e José da Ponte; Orquestração e Direção de Fernando Correia Martins), representando, posteriormente, o país no Euro Festival da Canção, realizado em Roma, onde obteve o 8.º lugar, ente 22 concorrentes. No ano seguinte foi convidada a participar no Festival de S. Remo. Vê abrirem-se as portas da notoriedade e da fama. É apontada como a nova voz de fado e herdeira do pesado e rico legado de Amália Rodrigues, mas a voz de Dulce Pontes oferecia-lhe nuances múltiplas, que se não prendiam à ortodoxia do fado, e levou-a a traçar o seu fado na procurar incessante e enriquecedora não só do fado, mas também do folclore, da música popular portuguesa e da música de inspiração medieval galaico-portuguesa, assim como ritmos ibéricos inspirados na tradição árabe.

“Lusitana”, em 1992, foi o seu primeiro álbum. Paulatinamente torna-se numa das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Abrem-se as portas dos grandes palcos da Europa, do Canadá e dos USA, como o Carnegie Hall, em Nova Iorque, ou o Royal Albert Hall, em Londres, mas vê fecharem-se as portas dos palcos portugueses. Porquê? Não se encontra a resposta.
Trabalha com o compositor Ennio Morricone e colabora com vários artistas internacionais, como José Carrera, Cesária Évora, Caetano Veloso, Waldemar Bastos, Marisa Monte e Carlos Núnez.

Dulce Pontes foi agraciada com a Medalha de Ouro da Cidade de Montijo,


Álbuns1992 – Lusitana;1993 – Lágrimas;1994 - A Brisa do Coração (gravado em estúdio e ao vivo no Coliseu do Porto);1996 – Caminhos;1999 - O Primeiro Canto; 2002 - Best Of; 2003 - Focus (com Ennio Morricone); 2006 - O Coração Tem Três Portas (CD 1 gravado ao vivo/ CD2 gravado Convento de Cristo em Tomar e Óbidos); 2009 - Momentos (2 CD ao vivo e em estúdio).

Ruky Luky

Um comentário:

  1. Muitas das pessoas que têm o poder no Montijo não compreendem a excelência. Logo é difícil reconhecer o mérito de muitos valores nascidos nesta terra, como é o caso da Dulce. Eu fui colega de escola do pai, Tomás Luís Maneta Pontes e do seu tio Carlos. A Dulce cresceu na Rua Miguel Bombarda, onde ainda hoje eu moro. Foi minha aluna na Escola D. Pedro Varela e tenho acompanhado com muito interesse a sua prodigiosa carreira artística. A Dulce, já não é de Montijo, porque é um valor nacional e internacional, de que os montijenses se devem orgulhar orgulhar. No Montijo, vive-se muito dos enredos mesquinhos e quem tinha o dever de ver mais longe, não consegue sair da teia, porque a inveja lhes tolda a razão. Muitas felicidades para a Dulce e que tenha uma óptima Páscoa.

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