sábado, 3 de março de 2012

O Imenso Adeus ao Cais dos Vapores“Se quiserem uma grande cidade suburbana sem vida própria mude-se o cais para o Seixalinho” Filipe Carrera

    Vista aérea de Montijo salientando-se o Cais dos Vapores.

4.07 – José Bastos - «Com o Cais do Seixalinho e estacionamento em quantidade e qualidade temos obrigação de fomentar a visita de turistas ao Montijo e à baixa de Lisboa com viagem no Tejo. Então as pessoas que utilizam os barcos já têm tempo para tudo, até para fazerem compras, o que vem beneficiar o comércio local. É neste sentido que penso que a transferência dos barcos para o Seixalinho poderá, se bem aproveitada, trazer para o nosso concelho e para a nossa cidade um novo tipo de comércio baseado no turismo.»

José Correia Marques, Coronel Engenheiro Civil - «Não parece conveniente colocar o problema do cais fluvial a montante do planeamento e ordenamento do território concelhio e interconcelhio, ou seja, julga-se que o tema cais fluvial não deve constituir um objectivo em si mesmo e deveria passar a ser um factor instrumental desse planeamento e ordenamento. A manutenção em funcionamento do actual cais fluvial é manifestamente mais favorável dos interesses do comércio e turismo da cidade e concelho do Montijo e, inclusive, da empresa concessionária do meio de transporte.»

Filipe Carrera - «Se quiserem uma grande cidade suburbana sem vida própria mude-se o cais para o Seixalinho, se quiserem uma cidade viva mantenham o cais onde está, mas criem um verdadeiro sistema de transportes urbanos com preços simbólicos.»

11.07 – Comissão Política Concelhia do Montijo do Partido Social Democrata: «Somos levados a concluir que o único projecto a promover pelo executivo socialista é o da transferência do Cais dos Vapores para o Seixalinho. Não houve discussão pública de tal matéria imprescindível face à alteração profunda que tal decisão vai implicar no quotidiano de todos nós e na vida da nossa terra. Desconhece-se a existência de qualquer estudo técnico e ambiental que sustente tal medida. A tal solução diremos, como já dissemos no passado, NÃO.»

M. Guerreiro: «Dado como certo que no espaço absoluto a distância real entre Lisboa e Montijo se mantém imutável, concluímos que no espaço relativo, com o Cais do Seixalinho como cais de embarque/desembarque de passageiros, a cidade do Montijo ficará mais distante da cidade de Lisboa, quer em tempo quer em custo, para os utentes deste tipo de transporte.»

18.07 – Presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes - «A transferência do Cais dos Vapores para o Cais do Seixalinho é uma medida estruturante que vai resolver vários problemas da cidade. Resolvem-se os problemas do estacionamento, do tratamento da zona ribeirinha e suas edificações, dos acessos mais qualitativos para Lisboa e o problema do trânsito no interior da Cidade. Para além disso vai ser possível deslocar a actual estação de camionagem junto do Mercado Central (que mais parece Marrocos) para uma zona terminal que dê melhores vantagens aos passageiros dos transportes colectivos. Quanto ao Cais dos Vapores será destinado a zona de lazer e poderemos ter ali uma escola de aprendizagem de vela e desportos náuticos. Nós entendemos que estamos no caminho certo porque isso trará melhor qualidade de vida para os montijenses.»

25.07 – César Ribeiro Ventura – «Gostava de saber quem é que quer ganhar milhares de contos com esta ida para o Seixalinho, não olhando a meios e prejudicando tudo e todos. No Seixalinho tudo é preciso fazer de novo.»

29.08 – Manuel de Pinho - «Estou convicto que teremos de ler e ouvir muito mais, antes de podermos decidir, mas o que mais me pareceu certo, foi que se deve procurar saber opiniões de quem se serve das coisas, do que, como a morte da Praça da República, se olhe unicamente à rentabilidade financeira ou outras, e se esqueça a comodidade da população, que deveria ser também discutível, uma das vertentes senão a maior a ser considerada.»

11.09 – Sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia do Montijo, no Salão Nobre da Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro, com a seguinte ordem de trabalhos: “Cais dos Vapores ou Cais do Seixalinho? Que razões para a mudança?” Aprovada Moção repudiando a transferência do cais para o Seixalinho.

12.09– Bernardino Ramalhete, Arquitecto - «Mesmo a entidade Câmara quando se pronuncia através de algum dos seus eleitos, usa argumentos falaciosos, tendenciosos e que se saiba, até agora, nada apoiados em estudos sérios e aprofundados.»

19.09 – Jorge Oliveira - «De repente fica a ideia de que ao PS não interessa a discussão de tão importante assunto e que transparência, viste-la! Será que o PS governa contra o Povo?»

26.09 – Carlos Fradique - «Não posso no entanto deixar de referir, que, no final da reunião, e para ajudar à “Festa”, houve uma intervenção (na Assembleia de Freguesia extraordinária) do representante da Administração do Porto de Lisboa, entidade que superintende na área ribeirinha, que pela sua exposição “enterrou” de vez (se houver bom senso) a solução da mudança, dizendo que: para o Porto de Lisboa, o Cais do Seixalinho é uma infra-estrutura estratégica na margem sul, e que não podem abdicar dela; a infra-estrutura existente no Seixalinho não comporta os dois tipos de movimentos “cargas” e “passageiros”; se o Cais dos Vapores existente no Montijo deixar de ser utilizado pela Transtejo, passará a ser a Câmara Municipal a suportar todas as despesas de limpeza do canal, se o quiser manter em condições de navegabilidade, ainda que para barcos de recreio pequenos. Senhores autarcas do PS, deixem-se de fantasias, há tanta coisa e mais útil a fazerem pelo Montijo.”

Rui Aleixo – «Convocar uma Assembleia de Freguesia para debater a transferência do cais e pedir que seja avisada a população é um mero exercício de cidadania, traduz o respeito pela vontade popular, que os democratas, sobretudo os independentes, devem incentivar e enaltecer, uma vez que foram eleitos para servir a sua comunidade.»

3.10 – Lucília Ferra - «Como mandam as boas regras da Democracia a Junta de Freguesia convidou a Senhora Presidente da Câmara para estar presente (à Assembleia de Freguesia realizada em 11 de Setembro). A Senhora Presidente numa atitude de manifesta desconsideração para coma Assembleia de Freguesia e os Montijenses não compareceu, não se dignando sequer, como mandam as mais elementares regras de convivência social, a responder ao convite formulado. Os Montijenses, pessoas de bom senso e conhecedores da nossa Terra, opuseram-se veementemente à mudança do local dos barcos, não havendo uma única voz discordante. Para nós, Partido Social-Democrata, sempre afirmámos tal solução (transferência do cais para o Seixalinho) leviana, prejudicial à população e à economia local, desajustada da realidade e despesista, reveladora de uma falta de visão e d projectos estratégicos de desenvolvimento do concelho. Todavia, admitíamos e respeitávamos, ao invés de muitos, que outros pensassem de forma diferente.»

Jorge Oliveira – «No total foram 8 votos a favor e zero contra (resultado da votação da Moção da Assembleia de Freguesia de Montijo de 11 de Setembro). Se há democracia, o povo não quer o Cais do Seixalinho. Ou então a Assembleia de Freguesia foi uma fraude e foi anti-democrática.8-0. Foi uma goleada. Que este resultado seja um sério aviso para o Presidente do PS e a Presidente da Câmara Municipal. E não nos esqueçamos que uma maioria absoluta não é eu quero posso e mando. Democracia não é votar unicamente de 4 em 4 anos. 8-0 diz bem da vontade popular.»

28.11 – Jornal de Notícias – «A Comissão de Utentes, que discorda da transferência do cais dos Vapores para o Seixalinho, no Montijo, deslocou-se esta semana à Câmara local para entregar um abaixo-assinado com cerca de 3.500 signatários. Maria Amélia Antunes já reagiu à Comissão de Utentes da Transtejo, que classificou de «voluntarismo tipo idiota» e «patetada». Além de desvalorizar o abaixo-assinado, a autarca garante que ainda estão a ser avaliadas as vantagens e desvantagens da transferência do terminal fluvial. Porém, considera o projecto inadiável.»

Jornal do Montijo – «A presidente lembrou que “na Câmara ainda não discutimos o projecto” e que se estão a realizar estudos e contactos por forma a pesar todas as implicações deste assunto. Justificou que há muita gente das freguesias do concelho e de locais como o Pinhal Novo, Moita, Alcochete e até Vendas Novas que se desloca ao Montijo para apanhar o barco para Lisboa e que para essas pessoas é mais fácil seguirem para o Cais do Seixalinho, já que não entram no centro da cidade onde há mais trânsito.»

3.12 – A Transtejo anuncia que concluída a Ponte Vasco da Gama, a ligação fluvial entre o Montijo e o Terreiro de Paço registou um decréscimo de passageiros na ordem de 30 por cento.

Vereador Nuno Canta (PS) - «É para evitar a extinção dos barcos – como já aconteceu com Alcochete – que defendemos a transferência dos catamarãs para o Cais do Seixalinho (...) O movimento das ondas do catamarã é responsável pela derrocada dos muretes de sustentação das salinas.

Ruki Luki

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