sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Asilo

Silêncio, que isto dói!

 
 
José Joaquim Marques Contramestre (1839 – 1904) não se conformando com a falta de agasalho que tinham os velhos de Aldegalega decidiu construir, no final do século XIX/início do século XX, a expensas próprias, um asilo, para dar guarida aos mais desvalidos da sorte.
Ali passaram a residir os velhinhos de Aldegalega/Montijo, até ao momento em que o Lar se estabeleceu no Pátio de Água.
Posteriormente, o edifício do Asilo albergou a Cercima, ficando ao seu próprio cuidado, depois que esta instituição passou a usufruir das suas próprias instalações.
O edifício é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Montijo.
 A Câmara de Aldegalega grata pelo gesto do seu ilustre filho passou a denominar a Estrada Nova de José Joaquim Marques (Contramestre).
Hoje, o edifício encontra-se no estado em que as fotografias ilustram, e põe em risco a segurança e a saúde pública. Aguarda-se a intervenção urgente da Provedoria da Santa Casa da Misericórdia e da Câmara Municipal de Montijo.
É uma inqualificável falta de respeito pela memória de José Joaquim Marques Contramestre ter-se permitido que o imóvel alcançasse tal estado de degradação.
As instalações, se tivessem sido cuidadas, serviriam para acolher outros serviços.
Até parece que a negligência que rodeia o edifício visa a sua degradação perspectivando-se a riqueza futura do terreno.
Nós, montijenses, devemo-nos sentir envergonhados por não sabermos cuidar da(s) herança(s) que os nossos antepassados nos deixaram.
Estamos todos de passagem e, enquanto comunidade, temos o dever de cuidar do nosso património para o legarmos mais enriquecido aos nossos vindouros – os nossos filhos, os filhos dos nossos filhos.
Montijo orgulha-se de Aldegalega. Orgulhar-se-á Montijo de Montijo?  

 As imagens, que se seguem, podem chocar os munícipes mais sensíveis.
 

 
 

 
 

 

 
 

 


 






















 
 
 



O Montijo está a comportar-se com a dignidade e a elevação que merece o gesto do instituidor do Asilo? Responda, caro/a leitor/a. E actue.


Ruky Luky

2 comentários:

  1. Esta chamada de atenção, do Rui, para o que se está a passar com este edifício, e por similitude nos envia a atenção para situações paralelas, como a da Casa da Música, é um verdadeiro acto de cidadania. Parabéns pela oportunidade.

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