dito da Mundet
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| O moinho de água das Nascentes, também conhecido pelo moinho da Mundet, nome de um dos últimos proprietário, a empresa com o mesmo nome, é um dos mais antigos de Montijo. Tão antigo que, em meados do século XVI já se tinha perdido o rasto à data da sua construção. |
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| O Moinho está situado no Corte da Abretónica, topónimo caído em desuso, e era constituído por cavalariça e terrenos anexos, caldeira e celeiro. |
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| Abandonado pelos homens, foi abraçado pela natureza. |
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| Segundo Mário Balseiro Dias «Durante a Segunda Guerra Mundial, o engenho laborou intensamente, uma vez que faltava gasóleo às moagens mecânicas para funcionarem.» |
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O assoreamento do rio e o alheamento a que está lançado vaticinam o fim próximo do moinho. Prometeu-se um passeio ribeirinho, que passaria junto ao engenho e, presume-se, levaria à sua recuperação, mas são contas de um outro rosário.
Ruky Luky
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Quando era miúdo ainda fui comprar farinha de milho ao moleiro, que era para fazer as papas que se consumiam, por tradição, no Entrudo. Há anos, houve uma disputa para saber quem de facto era dono do moinho embora ele fosse laborado pela família do Manuel João Zacarias. Julgo que, em última análise, ficou pertença da Câmara Municipal de Montijo. O estado em que se encontra é lamentável e só quem não ama o Montijo pode ser indiferente a esta situação. Lamentavelmente, é mais um exemplo da degradação a que chegou esta terra, que foi grande quando era Aldeia Galega, média quando vila de Montijo e decadente quando cidade.
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