quarta-feira, 5 de junho de 2013

A Escola de Conde Ferreira




Em 14 de Janeiro de 1867, a Câmara Municipal de Aldegalega foi informada que o Conde de Ferreira legara 1.200$000 réis para que fosse construída uma aula de instrução primária.
Na reunião de 5 de Maio de 1870, a vereação deliberou «fazer construir a casa para a escola e vivenda do professor e bem assim prover a mesma escola de mobília mias indispensável a saber: mesa e cadeira para o professor, bancos e mesas munidas de tinteiro para quarenta e oito alunos pelo menos.»
Apesar da vontade da edilidade em cumprir o legado de Conde Ferreira, a obra não foi adjudicada, porque «não pareceu pessoal a lançar na dita construção nem tão pouco nos materiais.»
 
 
 
 
Em 30 de Julho de 1871, a Câmara Municipal de Aldegalega de novo delibera construir a escola, cujo terreno «mais apropriado para a construção se situava na Rua de Santo António (Av.ª dos Pescadores)».
Ali funcionou uma das escolas primárias de Montijo, até ter sido encerrada em 1984.
Actualmente, estão instalados, naquele edifício, alguns serviços públicos, e o espaço foi cedido à Sociedade Cooperativa União Piscatória para instalar o Museu do Pescador.
 
Ruky Luky
 
 
 
 

3 comentários:

  1. Obrigado por trazer à superfície um pouco da história desta escola, a primeira a ser feita de raiz para esse efeito, pois todos os edifícios onde as escolas até então funcionavam eram alugados pela Câmara Municipal. Tive a oportunidade de frequentar a Escola Conde Ferreira, na 3.ª e 4.ª classes, tendo por mestre o Prof. José Margalho Félix Pinto, alentejano de Arronches, que casou no Montijo com um irmão do pianista Humberto de Sousa. Este professor foi um grande activista do Ateneu Popular de Montijo, tendo ministrado aulas do ensino primário para adultos e dirigido um curso de contabilidade, para além de integrar os corpos directivos da colectividade. Foi mais um bom elemento que vem integrar a lista das pessoas valorosas que o Montijo esqueceu.

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  2. Onde digo irmão do pianista Humberto de Sousa, quer dizer irmã, da qual teve dois filhos, um rapaz e uma rapariga. O rapaz, já homem e casado suicidou-se por afogamento no cais perto ao antigo quartel dos bombeiros. As minhas desculpas pelo erro.

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  3. Para dar uma pequena achega à informação, lembro que no livro "Nos Trilhos da Pedagogia", edição da Câmara Municipal de Montijo (2008) e do qual sou autor, nas páginas 77 a 82, há um historial mais alargado sobre esta escola.

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