sábado, 25 de fevereiro de 2012

O Imenso Adeus ao Cais dos Vapores


O ferry-boat foi um dos barcos utilizados pela Transtejo para ligar o Montijo a Lisboa. Além dos passageiros, o ferry-boat transportava automóveis. Em 1982, a Transtejo cessou o transporte de veículos.

1993

(?).09 – Câmara Municipal candidata ao Plano de Desenvolvimento Regional o «Projecto de Ligação do Cais dos Vapores à Estrada Nacional 11, tendo em vista melhorar as condições da parte da área ribeirinha da cidade e ao mesmo tempo escoar o trânsito que se desloca para os concelhos de  Moita e Barreiro».

12.11 – Inauguração do arranjo paisagístico do Cais dos Vapores (obra iniciada em 1985)

1994

A Transtejo inaugura a nova estação fluvial.

(-).10/11 – O “Citadino”, Órgão Informativo da Junta de Freguesia do Montijo – «A menos que o toque da varinha mágica de qualquer fada-madrinha ainda possa transformar aquele horrendo sapo (a nova gare fluvial) num príncipe minimamente são e escorreito, a Transtejo ficará nos anais da nossa freguesia como o génio do mal que pôs às porta da cidade um monstro de ficção científica para aterrorizar quem entra e sai de Montijo.»

1995

Arquitecto Raúl Ceregeiro – «A arquitectura e configuração do edifício, que já constavam do Estudo Prévio apresentado à Câmara em Janeiro de 1988, fundamentaram-se na minha própria interpretação da paisagem que é dominada pela forte horizontalidade dos terrenos do Montijo que exigiam para o local uma forte marcação volumétrica dominada por um material forte e nobre como o betão à vista. Naturalmente que lamento que a mensagem do imaginário deste edifício, que assumo totalmente não tenha chegado a todos os montijenses, mas ficaria mais preocupado se o edifício que projectei não suscitasse controvérsia ou se por ele se passasse sem se notar que existe. Porque nas questões estéticas e particularmente na estética urbana, o belo e o feio andam normalmente de mãos dadas. Por último confio que, com o andar do tempo, os montijenses porventura passem simplesmente a ver a Porta por onde entram e saem da sua cidade.»

1.08 – O Citadino, Boletim Informativo da Junta de Freguesia do Montijo – «No dia 1 de Agosto, o catamaran «ALGÉS» efectuou a viagem inaugural, que foi precedida de baptismo em pleno rio.»

26.09 – Inauguração das carreiras fluviais com catamarans

30.10 – A Câmara Municipal do Montijo celebra um protocolo com a Administração do Porto de Lisboa para a Valorização e Requalificação da Zona Ribeirinha com o fim de execução de obras para uso público, sobretudo, entre outras, as destinadas a actividades de recreio e lazer, à limpeza do leito do rio e plano de água, no esteiro do Montijo, com a remoção dos destroços das embarcações, à melhoria das condições para o tráfego fluvial de passageiros e mercadorias, bem como da pesca desportiva e artesanal e criação de equipamentos em áreas de circulação pedonal junto ao rio.

1996

(?) – Boletim Municipal (Dezembro) – «A Engª Natércia Cabral, Presidente da Administração do Porto de Lisboa, aceitou o convite da Autarquia e fez uma visita de trabalho ao Montijo. A Frente Ribeirinha comportará uma vertente de interface de transportes. As primeiras fases do projecto são apontadas em direcção à recuperação do Moínho de Maré e à remoção das carcaças para limpeza do Rio.»

1997

01.08 - Boletim Municipal  - A Transtejo garante à Câmara Municipal do Montijo que vai construir um novo parque de estacionamento a poente do Cais do Vapores. Devido à rapidez dos catamarãs este transporte fluvial tem mais procura.

(?).11 – Boletim Municipal «Está em fase de execução o estudo do Plano de Ordenamento da Zona Ribeirinha com base no protocolo de colaboração com a Administração do Porto de Lisboa. O Plano prevê a recuperação dos espaços degradados junto ao rio (antigas fábricas), uma doca de apoio a embarcações, áreas de estacionamento de apoio ao cais e recuperação paisagística da zona. No arranjo da zona ribeirinha estima-se um valor de obra de 1.365.514 contos estando já garantidos 86.000 contos do II Quadro Comunitário de Apoio,»

16.12 – O Programa Eleitoral Municipal do Partido Socialista propõe a “construção de um interface de transportes na zona do Seixalinho ,(complementando o existente e evitando continuados aterros junto ao rio), com novo cais de passageiros, estacionamento automóvel e ligações rodoviárias à cidade e freguesias limítrofes. Terminal Rodoviário”. Mas, o Programa Eleitoral para a Junta de Freguesia do Montijo promete, contraditoriamente, a “remodelação” da Gare Fluvial” e a “exigência de um novo parque de estacionamento”.
O PS vence as eleições autárquicas com a maioria absoluta de mandatos.


                                                     

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