Instituído pelo Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e com o patrocínio de um mecenas anónimo, o prémio, no valor de 5000 euros, foi atribuído no final de Janeiro por unanimidade, disse à agência Lusa fonte do CLEPUL.
Presidido pela catedrática Margarida Braga Neves, o júri integrou ainda os professores Fernando J. B. Martinho e Maria Isabel Rocheta. A cerimónia de entrega do prémio não está ainda agendada.
Para o júri, aquela obra de Jorge Vaz de Carvalho, que partiu de um "conhecimento íntimo, abrangente e aprofundado do conjunto da produção 'seniana', lança uma nova luz sobre o romance póstumo 'Sinais de Fogo' (1979), que se situa na tradição do 'Bildungsroman' (romance de formação) e 'küsntleroman' (romance de artista)"."Trata-se de uma tese universitária solidamente arquitectada que vem acrescentar ao património crítico português uma perspectiva doravante imprescindível para o estudo de uma obra de repercussão universal", lê-se na declaração do júri, a que a agência Lusa teve acesso.
A obra premiada, ‘Jorge de Sena - 'Sinais de Fogo' como romance de formação’, foi editada pela Assírio & Alvim.Jorge Vaz de Carvalho é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre em Literaturas Comparadas pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Estudos de Cultura pela Universidade Católica de Lisboa, onde lecciona.
Como autor tem obras editadas de poesia, conto, ensaio, além de traduções.Durante algum tempo, Jorge Vaz de Carvalho - que iniciou estudos musicais em criança - trocou a actividade docente pela de cantor lírico, tendo-se estreado como barítono, em 1984, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.
Desde aí tem cantado em óperas de Mozart, Puccini, Donizetti, Verdi, Rossini, Bizet, Gounod, Massenet e Wagner, não só em Portugal como na Austrália, Bélgica, China em Macau, na Croácia, em Espanha, França, Israel, Itália e no Japão.Cantor ecléctico, o seu repertório inclui ainda opereta e musical americano, apresentando-se com regularidade em recital.
Em concerto, tem como repertório principal compositores do barroco à música contemporânea.Foi colaborador e consultor artístico do Círculo Portuense de Ópera, tendo encenado, no Coliseu do Porto, as óperas ‘La Bohème’, de Puccini, e ‘Carmen’, de Bizet.
Entre 1999 e 2006 foi director-geral e artístico da Orquestra Nacional do Porto e, entre 2005 e 2007, presidiu a Direcção-Geral das Artes.(Com a devida vénia ao Correio da Manhã)
Quero felicitar o Dr. Jorge Vaz de Carvalho pelo prémio de mérito alcançado. É uma honra para o próprio e para a nossa terra. Estes acontecimentos valem eternamente, por isso, mais que duas rotundas ou outros efémeros actos.
ResponderExcluirO Jorge está de parabéns e a sua família e o Montijo também.