Bandeira aprovada pela Irmandade, na década de 30. Desconhece-se o paradeiro ou, mesmo, se terá sido estampada.
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Em 30 de Outubro de 1931, a Mesa da Santa Casa da
Misericórdia de Montijo deliberou pedir à Associação dos Arqueólogos
Portugueses que a informasse qual o emblema e a bandeira que deveria usar
«visto não possuir bandeira e o selo branco estar antiquado.»
A Misericórdia utilizava o seu antigo painel, de
difícil execução e que não tinha sido criado para ser hasteado num mastro fixo
e, até à implantação da república, usara o selo criado em 1768, que já se não
adaptava aos novos tempos políticos porque reproduzia as armas reais.
Bandeira da Misericórdia como se conheceu.São patentes as alterações no escudo se comparadas com o original. O azul e o branco eram as cores dominantes das peças.
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O parecer de Afonso de Dornelas foi presente à
secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, que o aprovou na
reunião de 4 de Maio de 1932.
Pin com a reprodução das cores da bandeira. |
A bandeira devia ser preta, por ser esta a cor heráldica representativa da modéstia, humildade e compaixão.
A aspa azul, além de ser a cor própria, heraldicamente adoptada para timbre das armas da família Contreiras, significa ainda zelo, caridade e lealdade.
O ouro para orla da aspa e para esmalte do camaroeiro, da esfera e da cruz alta significa heraldicamente a fé, a constância, o poder e a liberalidade.
Selo. Século XVIII |
Desconhece-se se, na altura, a Irmandade mandou
estampar a sua nova bandeira, embora tivesse mandado cunhar o novo selo.
Selo.Século XX, respeitando a descrição aprovada. |
Por razões que se desconhecem, a bandeira que se passou
a ser usada fora estampada com as peças e a cor adulteradas, nomeadamente, o
camaroeiro. O azul e o branco passaram a ser as cores dominantes.
A Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de
Montijo, realizada em 17 de Março de 2012, aprovou a nova bandeira, dando corpo
à proposta de José Manuel Pedroso da Silva, concretizada por José Sesifredo
Estevéns Colaço.
Estandarte actual
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Num listel de prata, ondulado, sotoposto ao
escudo, em letras maiúsculas a negro, de estilo elzevir, SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MONTIJO.
Este ordenamento assenta sobre uma aspa de azul.
Coroa mariana de ouro.
Estandarte –
De
prata, com aspa firmada de azul. Escudo circular de púrpura, uma pomba
estendida de prata coroada de ouro e uma vieira de ouro, uma sobre a outra,
brocante, tudo envolvido num listel circular de prata, com a inscrição SANTA
CASA DA MISERICÓRDIA DE MONTIJO, em letras de negro, maiúsculas, de estilo
elzevir.
Bordadura de púrpura,
acantonada de ouro, com as seguintes cargas: I e IV: monograma «MI ZA» de
vermelho; II: estrela de sete raios de vermelho; III: rosa de sete pétalas de
vermelho, folhada de verde e abotoada de ouro.
Haste e lança de ouro,
cordão e borlas de prata e azul.
Simbologia
A Pomba – representação milenária do Espírito
Santo, é o símbolo universal da Paz e dos tempos novos da aliança dos homens
com Deus. Recorda, para além da antiga Freguesia do Divino Espírito Santo de
Aldeia Galega do Ribatejo, a Albergaria e Hospital do Espírito Santo, já
documentado em 1489, e anexada pela Misericórdia, com base numa carta régia
de D. Sebastião, datada de 13 de Outubro de 1574.
A Vieira – alude à Ordem de Sant’Iago, fixada definitivamente nesta
zona, concretamente no Convento de Palmela, no ano de 1482.
A Coroa Mariana – afirma a protecção e realeza de
Nossa Senhora
A Aspa – alude ao timbre das armas
atribuídas à família de Frei Miguel Contreiras, tido por fundador das
Misericórdias.
O Monograma MI ZA –
constitui tradição da heráldica das
misericórdias.
A Estrela de sete pontas –
refere-se às sete obras de
Misericórdia espirituais.
A Rosa de sete pétalas – refere-se às sete obras de
Misericórdia temporais.
Os esmaltes significam:
O ouro – vigor.
A prata – verdade.
O azul – integridade.
A púrpura –
dignidade.
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Ruky Luky
É DE ou DO Montijo?
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