quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A GAIOLA



 ALGO VAI MAL NO REINO DE D.ª AMÉLIA




Há uma gaiola, no Parque Municipal, que é a atracção da pequenada. Só por isto devia ser merecedora de todas as atenções, mas…
 
Este buraco está ali, não há meses, mas há anos. É uma "cilada" para as crianças que querem alcançar a gaiola. Quanto custará ao erário municipal tapar aquele buraco, livrando, assim, as crianças e os adultos de uma queda ou de um mal maior?
Depois de cerca de dezasseis de mandato, que cultura institucional implementaram D.ª Amélia e o pretendente ao trono, D. Nuno, na Câmara Municipal de Montijo, que os serviços não sejam proactivos?
 

O aspecto da base de apoio, onde, usualmente, as crianças se encostam, dispensa qualquer legenda.


A gaiola tinha diversas espécies de pássaros. Os pássaros desapareceram, as placas de identificação tombaram. Na malha de ferro, onde, ontem, brilhava a tinta, hoje, impera a ferrugem. 
 
 
Onde estão os periquitos e as codornizes? Devem ter emigrado atendendo ao aspecto do sítio.
 
Quem se não sentiria assim por viver numa gaiola, mas, sobretudo, na gaiola do Parque Municpal de Montijo?

Mesa do parque infantil. Quem a pode utilizar no estado em que se apresenta?
Bebedouro do parque infantil, imagem de marca.




Esta área do parque é utilizada pelas crianças para jogarem futebol. As arestas agressivas estão ao nível das suas cabeças.



É sabido, de tempos imemoriais, que no Inverno os dias são mais curtos, isto é, escurece mais cedo. As casas de banho públicas sem luz tornam-se inseguras, mesmo às 17H00, quando a noite já se anuncia. Há mais de um mês que a casa de banho do parque não tem luz. O problema não está em acertar no buraco, antes reside na possibilidade de encontro com algum meliante ou com alguma seringa.





O brasão simboliza o estado a que chegou o revestimento vegetal  do parque municipal e o estado deplorável em que se encontra o Parque Municipal Carlos Hidalgo Loureiro é a grande metáfora da decadência de Montijo. Quem conheceu o parque, então apresentado como a sala de visitas de Montijo e orgulho dos montijenses, não deixa de sentir dó e revolta por verificar o desprezo a que está lançado aquele belo e aprazível espaço. Algo vai mal no reino de D.ª Amélia. Ao cair o pano sobre a gestão do seu "reinado" bem se pode afirmar que, afinal, apesar de toda a propaganda e demagogia, a rainha vai mesmo nua e o pretendente ao trono, jardineiro-mor do reino, se não soube cuidar do parque terá competência e engenho para cuidar do município? Salvemos o Parque Municipal Carlos Hidalgo Loureiro. Honremos o Montijo.
 
 
Ruky Luky

Um comentário:

  1. Infelizmente o abandono dos espaços públicos não é um caso isolado no Montijo, mas uma situação epidémica de grande parte do território nacional. Os responsáveis, pagos pelo esforço dos contribuintes, pensam que fazem um favor ao povo ao administrarem a res pública. Esquecem-se que são pagos para tal e que a sua obrigação como cidadãos é fazerem o melhor que possam. Um desencanto é assimilado pelos portugueses que pensam e sentem a sua pátria, ainda que temperado por alguns momentos de esperança. O nosso torrão não acaba, o país não acaba, o mundo não acaba,mas os tempos que correm e que se aproximam não são de bom augúrio. Os jardins que agora estão desprezados um dia hão-de florir porque alguns melhores que nós deles tratarão com o esmero que merecem as pessoas e as flores.

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