Nuno
Canta era um perfeito desconhecido: não se lhe conhecia qualquer militância
política ou cívica, ignorava-se o seu currículo profissional e não se tinha
registado qualquer acto que o tivesse catapultado para a ribalta política. O
golpe de asa foi ser genro do todo-poderoso presidente da comissão política
concelhia, senhor José Bastos, e dele ter recebido o necessário beneplácito.
Quando,
poucos anos depois de ser eleito, Honorina Silvestre, então vereadora, foi alvo
de uma insidiosa campanha política movida pelo presidente da comissão concelhia
socialista mancomunado com a presidente da câmara, escrevi que o que se
pretendia era afastar aquela dinâmica edil para que se abrisse a via
ascensional do genro do senhor José Bastos, de modo a substituir, no futuro, a
presidente da câmara.
Que
não, que era mentira, que nada mais se passava do que intriga política. Como o
tempo e a paciência são grandes mestres, o que ontem era intriga política, hoje
estampa-se com transparente realidade.
Durante
dezasseis anos, Nuno Canta foi uma apagada figura do elenco municipal. Não se
lhe conhece um rasgo de intervenção política, uma ideia para o desenvolvimento
do concelho, uma praxis política mobilizadora que lhe possa servir de flâmula na
campanha eleitoral.
Nuno
Canta apresenta-se como candidato do Partido Socialista à eleição para a Câmara
Municipal de Montijo.
No
seu novo papel, lançou a plataforma “Montijo Tem Voz”, que pretende ser um
fórum de discussão e recolha de ideias.
Sim,
de facto, se Montijo [ainda] tem voz é por que resistiu ao longo consulado de
prepotência do Partido Socialista, de que Nuno Canta é parte integrante.
Com
a cumplicidade de Nuno Canta, Montijo perdeu a voz da Nova Gazeta; com o silêncio
de Nuno Canta, Montijo perdeu a voz nas celebrações do 25 de Abril; com o apoio
de Nuno Canta o diálogo com os actores municipais transformou-se, quando
existiu, em momento de conflitualidade.
Quem
pretende agora Nuno Canta iludir quando diz que quer ouvir os montijenses? Teve
dezasseis anos para o fazer, mas desprezou a voz e o sentir dos montijenses.
Montijo
tem voz, sim, mas uma voz que se não confunde com a “voz do dono”.
Saído
debaixo das saias de Maria Amélia Antunes, mas ainda agarrado às calças do
sogro, o candidato do Partido Socialista passa a ser o rosto da incompetente
política socialista que conduziu o Montijo ao estado comatoso em que se
encontra. Será o fiel continuador da obra do Partido Socialista/Maria Amélia
Antunes, que transformou a cidade de Montijo num dormitório, sem alma, sem
chama, sem glória, pobre cidade amordaçada, lançada numa «apagada e vil
tristeza».
A
Nuno Canta pede-se, nesta hora solene em que apresenta a sua candidatura à
Câmara Municipal de Montijo, que esclareça, sem tergiversar, uma só coisa: se arremessou
ou não um jarro de vidro a um deputado municipal, em plena Assembleia
Municipal. É que o povo precisa de saber em quem poderá confiar, mesmo antes da
decisão judicial.
Ruky
Luky
Se para uns "só os burros falam de árbitros" aqui pode dizer-se "só os burros acreditam em tanta mentira ditga pela plebe socialista", mesmo depois do genro ter assumido às rádios que tinha atirado o jarro. Também é curioso ler as atas da assembleia municipal e da camara. O testa de ferro da amélia até diz que não foi atirado jarro nenhum. Só é cego quem não quer ver, mas este testa viu e viu mais viu a aportunidade de entrar para os quadros da camara, sem qualquer curriculo e com o compadrio dos mesmos de sempre.
ResponderExcluirPS? sempre
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