O velho Bairro do Afonsoeiro é hoje parte integrante da Freguesia do Afonsoeiro, criada em 1989. A freguesia passará a integrar a União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. Os vestígios do passado adivinham-se nas suas casas que ainda conservam o antigo traçado, porque, paulatinamente, sobretudo depois de 25 de Abril de 1974, o bairro ganhou um novo conforto, em primeiro lugar, com a sua legalização, e depois, entre outras dotações, com a construção de escolas, de bairros sociais, do edifício polivalente da Junta de Freguesia, que recebe um pólo da biblioteca municipal, do parque infantil, e do centro de saúde. Na freguesia foram construídas novas urbanizações após a construção da Ponte Vasco da Gama. Ao fundo da artéria, o moderno templo católico construído pela acção do Padre Manuel Gonçalves. |
O bairro do Afonsoeiro, ex-freguesia do Afonsoeiro, hoje formando um aglomerado conjunto com a Bela Vista, Alto das Vinhas Grandes (antigo Bairro Sem Justiça) e Estrada Velha da Lançada e outros lugares, merecia um estudo que aprofundasse a sua génese e desenvolvimento. Começou por ser um bairro, dito clandestino, a partir de 3 ou 4 fazendas arruadas e vendidas em talhões,com casas construídas, nas sua maioria, pelos próprios moradores, quase todos operários da indústria corticeira ou de preparação de carnes. Algumas fábricas situavam-se perto destas moradias e daí ser um local privilegiado para ambas as partes.Nasci na Calçada e com 5 anos fui para o Bairro do Mouco. Com 10 anos,fui morar para o Afonsoeiro e ainda hoje, por herança, tenho parte de uma casa e terreno (600 mts), situados na rua de Macau, perto ao quartel da GNR. O meu pai teve ali um pequeno fabrico de cortiça e mercearias, durante alguns anos, em diversos locais, pois conforme o bairro crescia ele mudava o lugar procurando situá-las melhor. Porque ali passei a minha juventude, tendo exercido a minha actividade cívica como dirigente da Sociedade Recreativa e do Estrela Futebol Clube,pois só depois de casar voltei à vila, tenho uma afeição especial pelo bairro e nessa conformidade, de acordo com os meus familiares mais chegados, ofereci a minha biblioteca à Junta de Freguesia, a entregar em tempo oportuno, conforme conversa havida com o Presidente. Acabando a Junta de Freguesia, deixou de haver entidade localizada para efectuar a dádiva. Contudo a proposta mantém-se porque há-de haver instituição substituta.
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