sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

As Lágrimas Amargas do Orçamento Municipal de Montijo

                                               A estrela socialista empalidece em Montijo


«As nossas prioridades centram-se na manutenção e tratamento do espaço público (jardins, rede viária, sinalização e resíduos sólidos); na manutenção de equipamentos, viaturas e edifícios municipais; na educação e na acção social.»

                               Maria Amélia Antunes

O orçamento municipal, recentemente aprovado pela assembleia municipal, reflecte, por um lado, a gestão de “cigarra” do Partido Socialista, e, por outro, as restrições impostas pelo Orçamento de Estado.
A presidente da câmara reconhece a dificuldade de obtenção de receita «que permita suportar a realização de despesas indispensáveis à manutenção dos serviços e, consequentemente, à realização das actividades fundamentais atribuídas aos municípios.» Isto é, a autarca reconhece que mesmo as actividades rotineiras de mera gestão do município correm o risco de se não realizarem, porque o Montijo, ao longo da gestão socialista, foi conduzido até ao período amargo de “vacas magras”.
Montijo não tem investimentos garantidos para 2012, porque as duas únicas obras previstas, requalificação da Praça Gomes Freire de Andrade e do Mercado Municipal, estão ainda dependentes da realização de um (novo) empréstimo que rondará um milhão de euros.
  A câmara municipal não fará investimentos na cultura, à excepção do Cinema Teatro Joaquim de Almeida, reconhecendo que «neste quadro de restrição orçamental não é possível desenvolver as actividades regulares na cultura e no desporto, nem apoiar as associações nos seus programas de acção», pondo em risco a realização das Festas Populares de S. Pedro.
2012, na senda de 2011, será mais um de estagnação para Montijo, cidade transformada em dormitório após 15 anos de gestão socialista, que malbaratou, qual cigarra, as condições ímpares que lhe foram oferecidas e que lhe teriam permitido, tivesse havido competência e arrojo, transformar Montijo num dos concelhos mais desenvolvidos da Área Metropolitana de Lisboa.

 Ruky Luky






                                              

Um comentário:

  1. Não é só a estrela socialista que empalidece. A desgraça é que todo o Montijo empalidece, porque não se vê nada a brilhar. A descrença fez a sua sementeira e muitos estão a recolher os seus frutos.
    Não vejo, não sinto, um movimento com energia para subir ao cume. Tudo rasteja e a esperança, se não morreu, está moribunda neste momento.
    Mas o drama é sistémico, por isso, os outros, também doentes, não podem socorrer-nos. Temos uma versão, em terra, do Titanic. Alguns hão-de safar-se, como sempre.

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