Demagogia não a leva o vento…
O anúncio do início das obras de construção do Cais do Seixalinho intensificou o debate popular à volta da deslocalização do cais.
Movidos pela genuína defesa dos interesses de Montijo, eu e o meu amigo António Dores, em amena cavaqueira, decidimos que o momento exigia acção e coordenação e resolvemos então proceder a vários contactos com as forças vivas do município, que originaram a constituição da Plataforma Cívica de Defesa do Cais dos Vapores, movimento sui-generis, cuja história será contada numa outra oportunidade.
Face à contestação popular contra a deslocalização do Cais dos Vapores, foi então prometido pela Presidente da Câmara e/ou sr. José Bastos, então presidente da Comissão Política Concelhia de Montijo do PS e aparente alter ego presidencial:
· Construção do Terminal Rodo-Fluvial do Cais do Seixalinho.
· Criação de um Sistema de Transporte Rápido (Eléctrico) entre o Cais do Seixalinho e o Centro da Cidade.
· Construção, no Cais do Seixalinho, de um Centro Comercial com sete lojas e um restaurante panorâmico no 1º andar, situado no espaço que fica a poente e a sul do actual aterro, e de um infantário.
· Construção da circular externa, que viria da Rotunda do IC 13 (em vez de vir pela estrada da Atalaia), atravessaria a estrada de Alcochete e de Samouco, até à zona dos arames da Base Aérea nº 6, descendo daí até ao Seixalinho, que estaria pronta em 2004.
· Construção de uma marina ou espelho de água, com apoio de diversas actividades náuticas, sede de clubes, instalação de restaurantes e actividades terciárias.
· Recuperação da zona histórica.
· Mini-bus.
· Recuperação da estrada de acesso ao Seixalinho.
· Promoção do Montijo como centro de serviços da área oriental da Península de Setúbal.
· Títulos de transportes mais baratos.
· Novos e melhores transportes públicos.
· A construção de um porto de recreio.
Apesar da importância do acontecimento e do seu real impacto na vida do município, veio uma munícipe denunciar que «nunca o assunto (transferência do cais) foi posto para aprovação em sessão de Câmara... como aliás foi reconhecido pela Presidente Maria Amélia Antunes que, perante a denúncia de tal comportamento feito pela CDU na reunião de 28.02.01, respondeu com estas palavras que ficarão na história do anedotário antidemocrático montijense «não seria honesto trazer a proposta do Seixalinho(à aprovação em sessão de Câmara) sabendo à partida que iríamos ganhar!»
Ruki Luki
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