Parque de Esatcionamento do Cais dos Vapores. O movimento do cais era o tónus vital da cidade, que agora agoniza |
Mas a questão de fundo, que se colocava ao Partido Socialista de Montijo, era não permitir que se discutisse a deslocalização do cais para o Seixalinho, rejeitando mesmo a aceitação para discussão de uma moção da CDU, que fora presente à reunião da câmara, violando uma das regras de ouro do debate de moções em democracia.
Em Carta Aberta dirigida à presidente da câmara, a Plataforma Cívica de Defesa do Cais dos Vapores denunciava: “Senhora Presidente: se o bom senso prevalecer, acreditamos que V.Exa ainda venha a ponderar e a admitir que uma decisão que contunde tão frontalmente com a História e os Interesses do Montijo não pode resultar dum conciliábulo partidário e muito menos de um conciliábulo com a Transtejo, em que V.Ex.ª é parte activa e determinante, uma vez que a deslocalização do cais para o Seixalinho não teve a honra duma decisão municipal, nem, até ao momento, de auscultação popular.»
No entanto, a presidente da câmara, Maria Amélia Antunes continuava a prometer: «a recuperação do centro histórico da cidade, na medida em que a cidade deixará de contar com actual fluxo de veículos, causador de poluição atmosférica e ruído. A possibilidade de podermos criar uma rede de transportes não poluentes. Um outro argumento de peso tem a ver com a recuperação da zona ribeirinha, transformando num espaço de lazer e de turismo por excelência.»
Promessas que estão por cumprir.
Ruky Luky
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